Assim como os adultos, as crianças e adolescentes também sentiram um grande impacto com a repentina mudança para a aprendizagem online. De forma muito rápida e sem nenhuma preparação, pais e filhos se viram diante de uma nova e desafiadora rotina. Por isso, vamos conversar sobre Inteligência Emocional no retorno às aulas – como lidar com crianças e adolescentes no processo de volta ao presencial?
As emoções sofreram um grande impacto seja por meio das experiências de luto de familiares, amigos ou pessoas próximas e até mesmo por conta da reação das famílias em relação à nova rotina vivenciada dentro de casa, ao medo e à insegurança.
A minha experiência como mãe de um casal de filhos em período de alfabetização não foi diferente. Um turbilhão de emoções veio à tona e então a dúvida sobre como lidar com tudo isso?
Aos poucos eu e meu esposo compreendemos que não adiantaria colocar energia no problema que se instalou. O melhor era buscar alternativas para tornar o nosso dia a dia mais leve e feliz.
Assim, procuramos evitar os noticiários negativos e não propagar assuntos sobre a pandemia dentro de casa ou algo que pudesse interferir em nossa relação familiar.
Sentimos, é claro, tristeza e indignação em ver tantas pessoas partindo e tantos outros em um leito de hospital, mas nos apegamos à fé em Deus que nos fortaleceu até aqui.
Dessa forma, podemos evidenciar que é preciso um acolhimento, não só em relação à aprendizagem, mas também em relação ao desenvolvimento sócio emocional desses estudantes.
Eles precisam ressignificar suas vidas e aprender a enfrentar novos desafios com mais força, coragem e determinação.
Nesse sentido, saber lidar com o medo e a incerteza se torna cada vez mais necessário. A preparação da escola, dos seus profissionais e da família são fundamentais para que através de momentos de conversa, de uma escuta individual ou coletiva, seja possível compreender os sentimentos dessas crianças e adolescentes para entender como lidar com crianças e adolescentes no processo de volta ao presencial.
Com uma ação intencional e um diálogo aberto e afetuoso, acredito que será possível estimular a confiança e gerar segurança, mesmo em meio ao desconhecido.
O que a escola deve considerar:
Além de cuidar do aspecto emocional dos estudantes através da escuta, a diversão e a ludicidade através de jogos, músicas e brincadeiras, farão com que o ambiente escolar se torne mais agradável e propício para uma aprendizagem mais efetiva.
Com isso, o ensino híbrido pode ajudar nesse processo, pois, além de contribuir com o ensino em sala de aula, irá propiciar uma experiência diferenciada na palma da mão do aluno, que por sua vez precisa ser enxergado com empatia.
Meus filhos se adaptaram bem ao novo formato, porém, é nítido que o período em que estão, na escola, é muito mais prazeroso e satisfatório para eles.
Algumas questões que eu, como mãe, não consegui desenvolver em casa para que o aprendizado fosse de fato efetivo, na escola, está sendo possível que eles aprendam de uma forma mais didática, com o devido conhecimento pedagógico dos professores.
E, mesmo quando esse aprendizado não se torna suficiente, contamos com o apoio da Academia do Aprender, que nos auxilia em diferentes aspectos relacionados ao desenvolvimento e aprendizagem das crianças.
Vale lembrar que nada substitui o ensino presencial, uma vez que é extremamente importante o convívio social das crianças e adolescentes com seus amigos e professores para um bom desempenho e um melhor desenvolvimento de seus vínculos afetivos.
O que os professores devem considerar:
É necessário que os professores sejam pacientes em relação aos conteúdos a serem cumpridos, revendo as expectativas e objetivos para o período letivo, pensando em novas estratégias caso os alunos não consigam alcançar os resultados esperados e necessitem de um apoio pedagógico diferenciado.
Manter o foco na aprendizagem requer uma boa preparação e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais para que os estudantes sejam acolhidos e preparados para recuperar as possíveis perdas durante esse período.
Notei um bom acolhimento dos professores que acompanham os meus filhos, eles estão sempre prontos a ouvir os alunos e as famílias, além de oferecer um suporte semanal além do período da aula para que sejam sanadas dificuldades pontuais dos alunos.
Contudo, é necessário aos profissionais da educação que já se reinventaram e se transformaram de maneira rápida nesse período, estejam atentos às diferenças e ao momento de cada estudante que se encontram em níveis de aprendizagem diferentes, mas com vontade em aprender e enxergar novos horizontes por meio da aprendizagem.
O que a família deve considerar:
Compreendendo como lidar com crianças e adolescentes no processo de volta ao presencial, podemos dizer que as famílias também têm um papel essencial nesse contexto, pois, a partir dela é possível desenvolver um ambiente agradável, no qual os estudantes sejam ensinados a ter mais autonomia e disciplina, contando é claro com o amor e a união entre os seus membros, aspectos que estimulam a boa convivência e o desenvolvimento de boas relações em outros ambientes.
Confira nesse link um artigo mais aprofundado sobre este assunto.
Inclusão é a palavra, e precisa envolver a todos, sejam famílias, estudantes, educadores, sociedade… para que tenhamos no futuro, indivíduos aptos a transformar o mundo em um lugar melhor pra se viver!
Sobre mim:
Luciana Cabral
CMO – Academia do Aprender
Mãe, empreendedora, administradora.
Crio conteúdos e compartilho experiências sobre educação.
Vamos conversar? =)
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